M do dia
05.04.2017 • 09:04 por Mónica Mendes

Bruno Mars e Anderson .Paak na MEO Arena

Começou tudo muito mal! Depois daquele número horrível de uma pessoa chegar à porta do pavilhão e perceber que deixou os bilhetes em casa, do outro lado da cidade!! Valeu-me o taxista impecável que tive a sorte de apanhar, que só não ligou os 4 piscas para indicar marcha de urgência porque eu o demovi, enfim, lá consegui entrar no pavilhão, praticamente sem fôlego, passavam 3 minutos das 9 com .Paak e os Free Nationals já a actuar.

Foi como eu suspeitei: fora de série! Anderson .Paak tem uma energia das boas, canta que se farta, toca bateria nas horas e é estupidamente cool! Tudo lhe sai sem esforço, é sexy, sorriso rasgado, muito interessado em nós que o aplaudíamos cada vez com mais força. O álbum “Malibu” esteve na berlinda, como seria de esperar. “The Season/Carry Me”, “Heart Don’t Stand a Chance”, (a frase estampada numa long-sleeve do seu merchandise) “Put Me Thru”, “The Waters”, “Come Down”, (foi logo a primeira…não vi, tss…) “Glowed Up” (a sua participação com Kaytranada) e ainda “Dang!” (que em disco partilha com Mac Miller). Também gritou “Yes Lawd!” a avisar que íamos ouvir o resultado da parceria com Knxwledge, NxWorries com “Suede” e “Lyk Dis”. A terminar, com grande parte do pavilhão, cheio que nem um ovo e já completamente rendido, o brutal “Am I Wrong” e “Lite Weight”.
Os Free Nationals são músicos que o apoiam como merece, e a sensação que ficou foi a de que Anderson .Paak tem de regressar a Portugal a.s.a.p. (éMianos, façam barulho que este site é lido por quem tem esse poder!)

Compasso de espera, o palco veste-se mais a rigor com uma coroa a avisar que a realeza estava a chegar. E chegou. Bruno Mars é uma bomba!

 

Por entre explosões, um jogo de luzes do mais profissional que vi, (sou doida por luzes) chamas que se elevam do chão a uma altura considerável, Bruno Mars canta, dança e comunica como poucos. Deixa tudo no palco, tudo! E o amor é-lhe devolvido em forma de rugido, daqueles que deixam um “piiiii” prolongado nos tímpanos por uns dias. Com uma banda altamente competente e profissional, sempre de sorriso rasgado, boa vibe, a fazer lembrar outros tempos, a honrar Michael Jackson e Earth, Wind & Fire que me vieram à memória várias vezes. Eu cá gosto de concertos onde se pode dançar e só parei para partilhar convosco um bocadinho do concerto do .Paak. (se ainda não viram, está em facebook.com/m.pt)
Apenas uma nota negativa numa noite memorável: o som. Não é que eu vá para a MEO Arena à espera de bom som, que já sou crescida, mas estava muito, muito mau ao contrário da noite que acabou muito, muito bem!

*fotos de Carla Simões e Júlia Braga Gouveia

  • Cristina Laborim

    Como sempre os teus textos transportam-nos para o acontecimento duma maneira. Como eu gosto de ter o M de volta <3 e sim, Anderson Paak tem mesmo que voltar a Portugal para mostrar mais dessa energia boa que se viu ontem no Meo Arena!

  • Juliana Cardoso

    Olá Grande Mónica! Acabei de ouvir o teu M4, onde nos presente-as-te com a Aalyah. Ontem, no concerto do ano, o pequeno GRANDE Bruno Mars (se o talento de um homem se medisse pela sua altura, ele deveria andar a rasar as nuvens) “arranhou” o refrão de “Rock the Boat”….Posso sugeri-la para um próximo M?! Beijinhos

    • Ihhh…Rock The Boat…ao tempo que não oiço isso! É uma bela recordação, sim! 🙂 Obrigada Juliana

  • Raquel Siza

    Eu voto em concerto do Anderson .Paak no Porto 🙂

    • Boa! E em que sala, já agora? Vamos facilitar a vida aos promotores de espectáculos 😉

  • Pedro Santos

    Já hoje estive a ouvir o Malibu outra vez, realmente um álbum excelente. Não me importava de ver o Paak no Tivoli…