Amy Winehouse

É impossível ouvir este disco sem o apontar como o princípio do fim de Amy Winehouse.
Agora já não há dissociação possível. Quando ouvimos o tão honesto, tornado leve, “Rehab” vem-nos à cabeça as inúmeras imagens da extrema magreza e do eyeliner esborratado.
“Back to Black” remete-nos para o olhar assustado perpetuado nas fotografias.
“Tears Dry On Their Own” relembra-nos os silêncios e o cambaleio nos concertos e
“Love Is A Losing Game” arrepia até às lágrimas porque é a prova de que aquela alma era tão grande e tão bonita e não aguentou…
Apesar da atmosfera Motown, não foi “Rehab” que me arrebatou, foi o tema título, “Back to Black” que me fez saltar algumas respirações da primeira vez que o ouvi, ao vivo na Alemanha. A orquestração pelos talentosos Dap Kings, tinha umas quebras muito acentuadas daquele tapete de teclas, baixo e percussão que acompanha a música quase toda…uma loucura! Fizeram de mim gato-sapato 😉
“Back To Black” é todo coração. A Amy só tinha coração.
Gosto de o ouvir sem me lembrar de tudo o que aconteceu.